Sarah Menezes, Thiago Pereira, Felipe Kitadai
O primeiro dia de disputa por medalha em Londres 2012 foi verde-e-amarelo. No melhor início de competição olímpica do país, o Brasil somou três medalhas à sua coleção, uma de cada cor. Sarah Menezes escreveu seu nome na história ao ser tornar a primeira judoca brasileira a conquistar o ouro olímpico. Já Thiago Pereira entrou para o seleto grupo dos medalhistas olímpicos da natação brasileira, com a prata obtida no Centro Aquático de Londres, enquanto Felipe Kitadai ajudou a elevar o judô brasileiro à condição de esporte número 1 do país quando o assunto é medalhas olímpicas conquistadas.
O dia mostrou-se promissor logo pela manhã, com as seguidas vitórias de Sarah e Felipe na categoria ligeiro e a classificação de Thiago Pereira às finais dos 400m medley com o quarto melhor tempo. A pequena Sarah, de 1m54, seguiu seu caminho de forma irrepreensível, como uma verdadeira gigante dos tatames. A piauiense de Teresina, 22 anos, superou uma a uma as quatro adversárias que encontrou pelo caminho até a final e não deu chance para a romena Alina Dumitru, a última barreira que precisou derrubar antes de colocar a medalha de ouro da categoria até 48kg no peito.
Sarah não chorou no pódio enquanto ouvia o Hino Nacional Brasileiro tocar. A bandeira do Brasil estava no lugar mais alto do Excel Center por causa dela, mas a judoca se manteve firme, como em todas as lutas que disputou. “Na verdade, eu chorei muito depois da semifinal. Senti que precisava desabafar. Aquela ansiedade toda estava me amarrando”, explica. Deu certo. “E acabou que a final foi a luta mais fácil da competição”, relembra a medalhista de bronze nos Jogos Pan-americanos Guadalajara 2011 e tricampeã das Olimpíadas Escolares.
A trajetória de Felipe na competição só teve um contratempo. Em sua terceira luta, o judoca paulista foi superado por Rishod Sobirov, do Uzbequistão. A derrota não abalou o brasileiro, que teve o aniversário mais marcante de seus 23 anos de vida. Ao fim das competições da categoria até 60kg, ele estava com a medalha de bronze nas mãos, um dente quebrado e o quimono todo sujo de sangue.
“Para falar a verdade, nem vi como isso aconteceu, estava muito compenetrado em vencer a luta diante do italiano Elio Verde”, comentou Felipe, que apontou a superação como fator determinante para a conquista da medalha, principalmente depois da derrota para Sobirov. “Estava desanimado. Foram meus amigos e familiares, que estavam na plateia, que me deram a força necessária para não desistir e partir em busca do bronze”.
Thiago Pereira, por seu lado, entrou definitivamente no rol dos grandes campeões. Apelidado de ‘Mr.Pan’ por conta da coleção de medalhas que conquistou em Jogos Pan-americanos (somente de ouro são 12), o fluminense de Volta Redonda garantiu a tão sonhada medalha olímpica. Agora, se junta a Cesar Cielo, Gustavo Borges, Ricardo Prado,Tetsuo Okamoto, Manuel dos Santos Junior e Fernando Scherer como medalhistas individuais olímpicos da natação brasileira.
Depois de disputar Atenas 2004 e Pequim 2008, Thiago chega à glória olímpica em Londres 2012 mais maduro, aos 26 anos. “Foram muitas tentativas e muito sacrifício até chegar aqui, mas valeu a pena. Essa era uma prova que já tinha posto na cabeça que não iria mais disputar. Foi muito bom ganhar essa medalha, mas é uma prova muito exaustiva. Quem viu, viu”, disse o nadador, que vai abandonar os 400m medley por conta do forte cansaço que sempre sente ao terminar a prova. “Estou tão cansado que não consigo nem raciocinar direito”. Pelo resultado alcançando em solo inglês, o brasileiro bem que podia repensar a decisão.
Com informações de Flávio Brilhante, de Londres – COB
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